Bola de Ouro 2025: Raphinha e Pedri foram injustiçados na premiação?

A Bola de Ouro 2025 gerou polêmica com Dembélé vencedor. Raphinha ficou em 5° e Pedri em 11º, levantando debates sobre estatísticas, critérios e justiça no prêmio.

RmBS

9/23/20254 min read

A polêmica da Bola de Ouro 2025

A Bola de Ouro 2025 foi entregue a Ousmane Dembélé, do Paris Saint-Germain, coroando sua temporada com múltiplos títulos e boas atuações em momentos decisivos. Mas, como acontece quase todo ano, a premiação trouxe debates acalorados.

Desta vez, as duas maiores críticas se concentraram em Raphinha e Pedri, considerados injustiçados pelo ranking final. O brasileiro terminou apenas em 5º lugar, enquanto o espanhol ficou em 11º, fora do top 10, atrás até de jogadores como Cole Palmer e Donnarumma.

A pergunta que fica é: o prêmio está realmente reconhecendo os melhores jogadores do mundo ou se perdeu em critérios inconsistentes?

Estatísticas não são tudo, mas contam

Um dos pontos centrais do debate é a forma como o prêmio avalia jogadores. No futebol, as estatísticas — gols, assistências e contribuições diretas — têm grande peso, mas não dizem tudo. Jogadores como Pedri, por exemplo, não se destacam necessariamente pelos números, mas pelo impacto coletivo, liderança em campo e capacidade de controlar o ritmo do jogo.

Por outro lado, em alguns casos as estatísticas acabam sendo determinantes — e é aí que surge a contradição.

  • Raphinha terminou a temporada com 62 contribuições de gol (gols + assistências), mais que Dembélé (53) e Lamine Yamal (47).

  • Apesar disso, o brasileiro foi colocado apenas em quinto lugar, atrás de Salah, que teve queda de rendimento no fim da temporada.

  • Pedri, peça central no esquema do Barcelona e da seleção espanhola, sequer entrou no top 10, o que para muitos especialistas é incompreensível.

Ou seja, quando se trata de jogadores de meio-campo, parece que o prêmio desvaloriza a contribuição não estatística, mas quando se trata de atacantes, muitas vezes usa os números como justificativa.

Raphinha: o injustiçado da temporada

A temporada de Raphinha foi, sem dúvidas, a melhor de sua carreira. O atacante do Barcelona foi decisivo em momentos grandes:

  • Gols nos clássicos contra o Real Madrid.

  • Doblete na final da Supercopa.

  • Protagonismo na Champions, marcando em oitavas, quartas e semifinais.

  • Artilharia da competição.

Além dos números impressionantes, Raphinha mostrou regularidade e capacidade de decidir em jogos grandes, algo que sempre pesa na avaliação de craques. No entanto, foi superado por Salah, que teve um bom início de temporada, mas caiu de rendimento nas fases finais. Para muitos, essa foi uma das maiores injustiças do prêmio em 2025.

Pedri: muito mais que estatísticas

Se Raphinha foi subestimado pelas estatísticas, Pedri sofreu justamente por elas. O meio-campista não tem números exuberantes em gols ou assistências, mas é impossível entender o funcionamento do Barcelona e da seleção espanhola sem sua presença.

Pedri é a batuta do time, responsável por ditar o ritmo, criar transições, organizar o jogo e potencializar os companheiros. Quando está fora, a queda de desempenho do Barça é evidente. Ainda assim, terminou apenas na 11ª colocação.

Ver jogadores como Cole Palmer e Nuno Mendes à frente de Pedri deixou claro que o prêmio continua com dificuldades para reconhecer a importância de meio-campistas criativos que não se destacam em estatísticas.

Dembélé: justo vencedor ou exagero?

Apesar das polêmicas, não se pode dizer que a vitória de Dembélé tenha sido um "roubo". O francês acumulou:

  • 53 contribuições de gol em 60 jogos.

  • Quatro títulos com o PSG, incluindo a Champions League.

  • Regularidade nos momentos mais decisivos da temporada.

Ainda assim, há quem questione se Dembélé realmente merece estar no mesmo patamar de lendas que já conquistaram a Bola de Ouro. Sua trajetória até aqui não o coloca entre os maiores da história, e há dúvidas se ele conseguirá manter esse nível nos próximos anos.

O peso da era Messi e Cristiano

Muitos lembram que o prêmio já foi dominado por uma lógica quase incontestável: Messi e Cristiano Ronaldo foram os melhores por mais de uma década, muito acima do resto. Isso facilitava a escolha e tirava espaço para injustiças maiores.

Hoje, com o cenário mais aberto, as polêmicas se multiplicam. Jogadores como Neymar, Xavi, Iniesta, Ribéry e Griezmann, em temporadas passadas talvez merecessem ter levado o prêmio, mas acabaram ofuscados pelos “extraterrestres” da era Messi-Cristiano.

Agora, o problema não é a falta de craques, mas sim a falta de clareza nos critérios de avaliação.

A Bola de Ouro perdeu credibilidade?

Ano após ano, cresce a percepção de que a Bola de Ouro perdeu parte de sua credibilidade. A mistura de critérios — ora estatísticos, ora subjetivos — gera rankings difíceis de compreender.

  • Como justificar Raphinha apenas em 5º lugar após sua temporada histórica?

  • Como colocar Pedri fora do top 10, atrás de nomes que não tiveram o mesmo impacto?

  • Como Donnarumma entra no top 10 se já existe um prêmio específico para goleiros?

Essas incoerências fazem com que torcedores e especialistas questionem se o prêmio ainda representa a verdadeira excelência individual no futebol.

Reconhecimento ou injustiça?

A Bola de Ouro 2025 reconheceu a temporada brilhante de Dembélé, mas ao mesmo tempo deixou feridas abertas com as colocações de Raphinha e Pedri. O brasileiro teve os melhores números da temporada e foi decisivo em jogos grandes, mas não foi devidamente valorizado. Já o espanhol segue sendo subestimado por estatísticas que não captam sua influência real no jogo.

No fim, o prêmio continua sendo o mais desejado pelos jogadores, mas cada vez mais discutido pelos fãs. Talvez esteja na hora de repensar os critérios e dar mais justiça ao futebol.

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