Deco critica gestão da Seleção Espanhola após caso de Lamine Yamal e reforça posição do Barcelona

Deco defendeu Hansi Flick e criticou a gestão da Seleção Espanhola após o caso de Lamine Yamal. Entenda a polêmica, os riscos para o jovem craque e a relação entre Barça e Federação.

RmBS

9/15/20254 min read

A polêmica entre Barcelona e Seleção Espanhola

Nos últimos dias, um episódio envolvendo Lamine Yamal acendeu uma forte polêmica entre o Barcelona e a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF). O jovem atacante de 18 anos, considerado uma das maiores promessas do futebol mundial, foi colocado em campo pela seleção mesmo apresentando dores significativas, fato que levantou sérias críticas sobre a gestão da sua condição física.

Quem se manifestou sobre o assunto foi Deco, diretor esportivo do Barça, que respaldou o técnico Hansi Flick em suas críticas à seleção e pediu mais clareza e responsabilidade na relação entre clubes e federações. Para o dirigente, a comunicação falhou e, com isso, quem sai mais prejudicado é justamente o atleta.

O caso de Lamine Yamal

Segundo informações reveladas pela imprensa espanhola, a Federação teria decidido infiltrar Lamine Yamal antes da partida contra a Turquia, apesar dos alertas do departamento médico do Barça. O clube havia informado que o jogador apresentava dores lombares irradiando para a região do pubis, recomendando um tratamento de médio prazo.

Mesmo assim, o atacante foi escalado e atuou por 73 minutos, contrariando as orientações médicas. Fontes da Cadena SER afirmaram que Lamine chegou a trocar mensagens privadas relatando que não conseguia sequer sair da cama do hotel sem a infiltração, o que expôs a gravidade da situação.

Esse cenário colocou em evidência a falta de coordenação entre as partes envolvidas. Para Deco, é inaceitável que um atleta de tamanha importância seja exposto a riscos desnecessários apenas por decisões equivocadas de gestão.

As declarações de Deco

Em entrevista aos meios oficiais do Barcelona, Deco foi direto:

  • Reforçou que a relação entre clube e federação precisa ser equilibrada e clara.

  • Criticou a sobrecarga física que muitos jogadores enfrentam devido ao calendário intenso.

  • Defendeu que os protocolos de comunicação e prevenção de lesões sejam aprimorados.

O dirigente destacou ainda que, por mais que os atletas tenham vontade de jogar, a responsabilidade deve ser compartilhada: “É preciso mais cuidado entre todos. O único prejudicado é um jovem de 18 anos, que sempre vai dizer ‘sim’ se perguntarem se quer jogar.

A responsabilidade da Federação e de Luis de la Fuente

O técnico Luis de la Fuente foi diretamente questionado pela imprensa e por torcedores, já que foi ele quem decidiu utilizar Lamine Yamal mesmo diante de relatórios médicos que recomendavam cautela. Essa atitude expôs não só o jogador, mas também a credibilidade da Federação em relação ao cuidado com seus convocados.

Para muitos analistas, o problema vai além de um simples erro de gestão. Trata-se de um choque de interesses entre clubes e seleções, que frequentemente coloca os atletas no centro de disputas por resultados imediatos. O caso Yamal é apenas o exemplo mais recente dessa velha tensão.

Lamine Yamal: promessa que precisa ser preservada

Não é segredo que Lamine Yamal é visto como o futuro do Barcelona e da Seleção Espanhola. Aos 18 anos, já acumula atuações decisivas e atrai a atenção do mundo do futebol.

No entanto, sua juventude também é motivo de alerta. Jogadores em início de carreira podem sofrer consequências irreversíveis caso passem por lesões graves mal tratadas. Deco e Hansi Flick sabem disso, e por isso a defesa do bem-estar do atleta se torna prioridade absoluta.

O Barcelona enxerga em Lamine um projeto a longo prazo, e decisões irresponsáveis podem comprometer esse futuro.

Relações tensas entre clubes e seleções

Essa não é a primeira vez que o tema vem à tona. Diversos clubes europeus reclamam há anos da falta de sintonia com as federações nacionais, principalmente no que diz respeito à gestão física dos atletas.

O calendário atual do futebol mundial é sobrecarregado, com:

  • Campeonatos nacionais;

  • Competições continentais (como Champions League e Europa League);

  • Jogos de seleções;

  • Amistosos internacionais e torneios curtos.

Esse acúmulo de partidas aumenta o risco de lesões, especialmente para jovens talentos que ainda estão em desenvolvimento físico.

O posicionamento institucional do Barça

O Barcelona, por meio de Deco, deixou claro que pretende melhorar a comunicação com a Federação, mas exige reciprocidade. A diretoria espera que a RFEF compreenda a importância de preservar seus jogadores, principalmente quando estes apresentam indícios de risco de lesão.

O clube não descarta adotar medidas mais rígidas em casos futuros, caso perceba que o diálogo não gera mudanças efetivas. A prioridade é clara: proteger o patrimônio humano da equipe.

Fatores extracampo: marketing e projeção global

Enquanto a polêmica sobre Lamine Yamal domina os noticiários esportivos, o Barça segue fortalecendo sua imagem no cenário internacional. Recentemente, a cantora Becky G foi vista no palco do Estadi Johan Cruyff, convidada pelo clube em parceria com a Spotify, reforçando a estratégia de aproximar a marca Barça de celebridades globais.

Esse tipo de ação mostra como o clube busca expandir sua relevância além das quatro linhas, mas também contrasta com a necessidade urgente de preservar seus talentos para sustentar o projeto esportivo.

Mais responsabilidade para evitar novos casos

O caso de Lamine Yamal expôs um problema estrutural que precisa ser resolvido: a falta de protocolos claros entre clubes e seleções para proteger a integridade física dos jogadores.

A manifestação de Deco não foi apenas um desabafo, mas um recado direto à RFEF: é preciso mais diálogo, mais cuidado e menos improviso. O futebol não pode tratar seus maiores talentos como peças descartáveis.

Seja por questões médicas, institucionais ou esportivas, a preservação dos atletas deve estar acima de qualquer interesse imediato. Só assim, casos como o de Lamine Yamal deixarão de se repetir.

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