Ferrari redefine prioridades: Frederic Vasseur mira 2026 e enfrenta críticas de Luca di Montezemolo

A Ferrari muda sua estratégia na Fórmula 1 para focar em 2026, mas enfrenta críticas de Luca di Montezemolo sobre falta de direção e mudanças constantes. Entenda os desafios da Scuderia.

RmBS

9/15/20254 min read

black and red car engine
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Ferrari muda o foco e mira 2026

A temporada de 2025 da Fórmula 1 tem sido marcada por altos e baixos para a Ferrari, mas as declarações recentes de Frederic Vasseur, chefe de equipe, apontam para uma mudança significativa de estratégia. De acordo com o dirigente francês, o time de Maranello vai reavaliar seus esforços atuais e já direcionar recursos para o carro de 2026, quando entra em vigor o novo regulamento técnico da categoria.

O objetivo é simples: evitar expectativas irreais em 2025 e preparar uma base sólida para disputar títulos no novo ciclo da Fórmula 1. Essa postura, no entanto, chega tarde para muitos analistas e torcedores. Afinal, a equipe italiana gastou energia tentando “salvar” um projeto que, para muitos, já estava condenado desde o início.

O projeto de 2025: solução temporária ou perda de tempo?

O grande debate entre fãs e especialistas é se a Ferrari deveria ter mudado seu foco mais cedo. Para muitos, o carro de 2025 nasceu como um projeto de transição, mais voltado a manter a credibilidade de Vasseur no cargo do que a competir de igual para igual com Red Bull, McLaren e Mercedes.

Essa decisão trouxe consequências: enquanto rivais como a McLaren consolidaram suas estruturas técnicas e investiram de maneira mais consistente no futuro, a Ferrari desperdiçou meses preciosos tentando consertar um conceito que já mostrava limitações.

Com a chegada de setembro de 2025, a percepção é de que o time de Maranello perdeu tempo valioso e agora corre contra o relógio para não repetir os erros no desenvolvimento do carro de 2026.

Montezemolo critica: “Falta uma alma forte na Ferrari”

As palavras mais duras contra a atual gestão vieram de Luca di Montezemolo, ex-presidente da Ferrari. Figura histórica da equipe, responsável por grandes conquistas nos anos 2000 ao lado de Jean Todt e Michael Schumacher, Montezemolo afirmou que o time sofre com constantes mudanças e ausência de direção clara.

Segundo ele, a Ferrari não apresenta um norte definido: muda chefes de equipe, diretores técnicos e estratégias de forma aleatória, sem um plano consistente de longo prazo. Esse comportamento, para o ex-dirigente, mina a confiança interna e impede a Scuderia de recuperar sua posição de destaque na Fórmula 1.

O modelo da McLaren como inspiração

Uma das ideias que circulam em Maranello é replicar o modelo de gestão horizontal da McLaren. Essa estrutura permite que o chefe de equipe tenha maior liberdade para comandar sem pressão excessiva da mídia ou do conselho administrativo, enquanto as áreas técnicas funcionam de forma mais independente e eficiente.

No entanto, até o momento, essa proposta não saiu do papel. A Ferrari continua presa a um modelo ultrapassado de gestão, que funcionava em décadas anteriores, mas hoje se mostra pouco competitivo frente a rivais que se adaptaram melhor às novas exigências da categoria.

Se a Ferrari realmente deseja copiar o exemplo da McLaren, será preciso mais do que discursos: será necessário abandonar práticas antigas e assumir uma postura moderna e pragmática. Caso contrário, a equipe britânica pode até ultrapassar a Ferrari no ranking histórico de títulos da Fórmula 1 nos próximos anos.

Um problema de identidade e organização

O maior desafio da Ferrari não está apenas nos carros, mas em sua estrutura interna. A Scuderia parece viver em um ciclo constante de reorganizações, sem consistência suficiente para construir um projeto vencedor de longo prazo.

Essa instabilidade gera:

  • Falta de continuidade em projetos técnicos;

  • Desgaste interno entre engenheiros e direção;

  • Expectativas frustradas da torcida e da imprensa italiana;

  • Perda de competitividade frente a equipes mais organizadas.

Em resumo, a Ferrari sofre de um problema de identidade. Sem clareza sobre onde quer chegar, acaba se perdendo em decisões de curto prazo que pouco contribuem para o futuro.

Expectativas para 2026

O novo regulamento da Fórmula 1 promete carros mais sustentáveis e exigentes do ponto de vista técnico. A FIA já afirmou que os modelos de 2026 serão mais difíceis de pilotar, o que aumenta a necessidade de um desenvolvimento consistente e bem planejado.

Para a Ferrari, 2026 pode ser a oportunidade de finalmente quebrar seu jejum de títulos que dura desde 2008 (Construtores) e 2007 (Pilotos, com Kimi Räikkönen). No entanto, se a equipe mantiver o ritmo atual de indecisões e reorganizações, dificilmente terá condições de competir com Red Bull e McLaren em igualdade.

O que esperar de Frederic Vasseur?

Vasseur chegou à Ferrari com a missão de restaurar a competitividade da equipe. Sua postura pragmática conquistou parte do paddock, mas suas decisões ainda geram dúvidas. O foco tardio em 2026 pode custar caro, mas também pode ser visto como um sinal de maturidade estratégica: reconhecer que 2025 está perdido e mirar no futuro pode ser um passo necessário.

O grande desafio será transformar esse discurso em resultados práticos. Se Vasseur conseguir dar estabilidade ao time técnico e implementar mudanças profundas, a Ferrari pode voltar a sonhar em brigar por títulos. Se não, corre o risco de continuar no papel de coadjuvante.

Ferrari entre tradição e necessidade de mudança

A Ferrari vive um momento crucial. Enquanto Frederic Vasseur tenta alinhar expectativas e planejar 2026, críticas como as de Montezemolo expõem a fragilidade estrutural do time. O dilema é claro: continuar presa ao passado ou se reinventar de verdade.

O futuro da Scuderia dependerá da capacidade de deixar de lado as improvisações e abraçar uma gestão moderna e organizada. Só assim poderá transformar sua tradição em títulos e recuperar a glória perdida na Fórmula 1.

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