Golden State Warriors domina o Clippers com defesa sufocante e mostra força dos “velhos” na NBA

Golden State Warriors: o “asilo” que ninguém consegue parar

O Golden State Warriors provou mais uma vez que experiência e talento são uma combinação devastadora. Em uma partida eletrizante no Chase Center, a equipe comandada por Steve Kerr venceu o Los Angeles Clippers por 98 a 79, conquistando sua quarta vitória na temporada e mantendo a invencibilidade em casa.

Mesmo vindo de um back-to-back (jogos em dias consecutivos), o time não mostrou sinais de cansaço e impôs uma verdadeira aula defensiva no segundo tempo, limitando o poderoso ataque dos Clippers a apenas 30 pontos nos últimos dois quartos — a pontuação mais baixa da franquia desde 2017.

Primeiro tempo equilibrado, mas o “bicho papão” acordou

No início, tudo indicava um jogo parelho. Harden teve um primeiro tempo inspirado, somando 20 pontos e liderando o Clippers a uma pequena vantagem antes do intervalo. O Warriors, por sua vez, teve um primeiro quarto sólido, especialmente na defesa, e parecia controlar o ritmo da partida.

Mas a partir do terceiro quarto, tudo mudou. O que se viu foi uma masterclass defensiva do Golden State. Blitzes bem coordenadas, trocas rápidas e dobras cirúrgicas sobre Harden e Kawhi Leonard desmontaram completamente o ataque do Clippers. Harden, que havia sido o destaque da primeira metade, não pontuou mais no segundo tempo — um feito impressionante da defesa dos “velhos”.

A defesa dos veteranos: sufocante, coordenada e letal

O grande segredo da vitória esteve na intensidade defensiva. O Warriors executou com perfeição o plano de marcar forte no perímetro e sufocar as ações de pick and roll do Clippers.

Jogadores como Draymond Green, Jimmy Butler e Jonathan Kuminga foram fundamentais. Green mostrou porque ainda é um dos melhores defensores da liga: coberturas rápidas, leitura de jogadas e liderança vocal em quadra. Butler, além de marcar com precisão, brilhou no ataque com 21 pontos, 5 rebotes e 5 assistências — além de uma bola de três crucial que colocou o time 20 pontos à frente e “fechou o caixão” no último quarto.

Stephen Curry, por sua vez, contribuiu defensivamente, roubando duas bolas importantes que geraram pontos em transição. Essa energia coletiva tornou o segundo tempo do Warriors uma exibição digna dos tempos de ouro da dinastia.

Erros do Clippers e a tempestade perfeita

Se o Warriors foi impecável, o Clippers também colaborou com a própria derrota. O técnico Tyronn Lue tomou decisões questionáveis durante o jogo — a principal delas foi tirar Harden e Kawhi simultaneamente em um momento crítico, permitindo que o Warriors abrisse vantagem irreversível.

Além disso, a opção de não começar com Chris Dunn como marcador primário de Curry foi um erro estratégico. Derrick Jones Jr., encarregado da marcação, simplesmente não conseguiu acompanhar o ritmo e as movimentações incessantes de Curry nas telas e cortes. Resultado: desgaste físico e falhas de cobertura que o Warriors explorou sem piedade.

O coletivo do Golden State brilha mais uma vez

O que mais impressiona no Golden State é o equilíbrio entre experiência e juventude. Além dos veteranos lendários, o time vem sendo impulsionado por jovens como Kuminga e Quinten Post, que novamente tiveram boas atuações.

Mesmo Moses Moody, que não brilhou ofensivamente, compensou com excelente esforço defensivo e aproveitamento de 3/4 nas bolas de três. Essa mescla entre “os velhos e os novos” mantém o sistema de Steve Kerr dinâmico, competitivo e com profundidade para brigar de igual para igual com qualquer equipe da NBA.

Entre os melhores da temporada

Em termos de desempenho, o Warriors está entre os três times mais eficientes da NBA neste início de temporada. O time apresenta um equilíbrio notável entre ataque e defesa, fluidez ofensiva e execução tática.

Embora Oklahoma City Thunder e San Antonio Spurs também estejam em grande fase, o Golden State se destaca pela regularidade e consistência — algo que só equipes bem treinadas e com química de grupo conseguem manter.

Steve Kerr ainda comete alguns deslizes pontuais em rotação, mas os acertos superam amplamente os erros. O sistema ofensivo de passes rápidos, movimentações constantes e aproveitamento de arremessos está novamente funcionando como nos melhores anos da franquia.

“Os velhos” ainda mandam na NBA

Pode chamar de “asilo”, pode brincar com a idade média do elenco, mas uma coisa é certa: o Warriors continua sendo o time a ser temido. A experiência de Curry, Green e Butler, combinada com o talento emergente dos jovens, transforma o Golden State em um verdadeiro bicho papão da NBA.

E se alguém ainda duvida da força desses veteranos, basta assistir a este jogo contra o Clippers. Porque o recado foi claro: quem ousar duvidar dos velhos, vai tomar o troco em quadra.

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