Jonathan Kuminga e o Golden State Warriors: a novela que pode custar caro à franquia
Jonathan Kuminga e Golden State Warriors vivem impasse contratual às vésperas da temporada 2025/26 da NBA. Entenda os bastidores, propostas recusadas, erros do passado e possíveis desfechos para o caso.
RmBS
9/20/20254 min read


A novela Kuminga x Warriors em setembro de 2025
Estamos no dia 20 de setembro de 2025. Faltando pouco mais de um mês para o início da temporada da NBA (21 de outubro de 2025), o Golden State Warriors segue em um verdadeiro limbo quando o assunto é Jonathan Kuminga.
O ala-pivô, de apenas 22 anos, já acumula quatro temporadas na liga, um título da NBA e estatísticas sólidas para quem quase sempre entrou em quadra vindo do banco. Mas, mesmo assim, vive uma relação de altos e baixos com a franquia californiana.
O problema é que a situação parece não ter saída fácil:
Kuminga quer respeito, mais minutagem e segurança contratual.
O Golden State insiste em oferecer contratos com team option, que o transformariam em mera moeda de troca.
O proprietário Joe Lacob segura o jogador e recusa ofertas de mercado, mas também não o valoriza da forma esperada.
Com isso, o que poderia ser uma relação de crescimento mútuo está se transformando em um purgatório para ambos os lados.
Minutagem limitada e confiança abalada
Desde sua chegada à NBA, Kuminga oscilou entre boas atuações e longos períodos no banco. A cada erro dentro de quadra, vinha a punição imediata: mais tempo sem jogar.
Isso minou a confiança do jovem jogador, que vê seu potencial limitado por um sistema que não acredita nele como peça-chave. Enquanto outros atletas da mesma classe de draft evoluíram com minutos consistentes — como Franz Wagner, que hoje tem contrato máximo —, Kuminga se vê travado.
O dilema é claro:
O técnico Steve Kerr não considera Kuminga um “fit” ideal para o sistema ofensivo do time.
Mas a diretoria também não libera o atleta para um cenário onde ele poderia crescer.
Resultado? Um jogador insatisfeito, um time que não consegue extrair valor de mercado e um desgaste cada vez maior.
Ofertas recusadas: Kings e Suns tentaram, mas ouviram “não”
Duas franquias surgiram como destinos potenciais para Kuminga:
Sacramento Kings: ofereceram Malik Monk + escolha de primeira rodada, mas o Golden State exigiu Keegan Murray, inviabilizando a negociação.
Phoenix Suns: colocaram na mesa Royce O’Neale + escolha de segunda rodada, encaixe perfeito no esquema de Kerr. Mesmo assim, Lacob recusou.
Ambas seriam movimentações interessantes para todas as partes. Kuminga ganharia minutos e chance de protagonismo, enquanto os Warriors adicionariam peças úteis ou picks para o futuro. Mas a teimosia de Joe Lacob impediu qualquer avanço.
As propostas de contrato que travaram as negociações
Internamente, os Warriors até tentaram oferecer extensões, mas sempre com cláusulas de proteção à franquia:
2 anos, US$ 45 milhões (apenas 1 ano garantido).
3 anos, US$ 75 milhões (com team option no último ano).
3 anos, US$ 54 milhões (US$ 18M/ano, sem opção — considerada insuficiente pelo jogador).
Do outro lado, Kuminga e seu agente responderam com uma pedida de 3 anos, US$ 82 milhões, mas com player option no último ano — dando ao atleta controle sobre seu futuro.
A resposta do Golden State foi negativa, aumentando ainda mais a tensão.
A sombra do draft de 2020 e as más decisões de Joe Lacob
A atual crise com Kuminga não pode ser analisada isoladamente. Ela reflete também os erros de gestão dos últimos anos.
2020: os Warriors tiveram a chance de draftar Anthony Edwards, LaMelo Ball ou até mesmo subir por Tyrese Haliburton. Mas escolheram James Wiseman, que não vingou.
2021: preferiram Kuminga na sétima escolha, quando scouts e Kerr apontavam Franz Wagner como nome ideal. Hoje, Wagner é estrela do Orlando Magic.
Essas decisões, todas influenciadas diretamente por Joe Lacob, mostram um padrão: ignorar scouts, comissão técnica e até o GM, acreditando apenas na própria visão. O resultado é o impasse que vemos em 2025.
O risco da Qualifying Offer
Cansado da falta de confiança e de propostas que soam como armadilhas, Kuminga estaria disposto a aceitar a Qualifying Offer:
Contrato de 1 ano, US$ 7,9 milhões.
Torna-se agente livre irrestrito em 2026.
Warriors correm o risco de perder o jogador sem qualquer compensação.
Historicamente, esse é um caminho arriscado — casos como Nerlens Noel mostram como pode arruinar carreiras. Mas exemplos como Fred VanVleet e Dennis Schröder provam que apostar em si mesmo pode render frutos.
Para Kuminga, pode ser a única saída de um ambiente sufocante.
Estatísticas e comparação com Franz Wagner
Os números ajudam a ilustrar a frustração de Kuminga:
Kuminga (2024/25): 15,3 pontos, 4,6 rebotes, 2,2 assistências em 16 minutos de média.
Franz Wagner: mais de 24 pontos de média, 31 minutos em quadra, contrato máximo garantido.
A diferença não está apenas no talento, mas nas oportunidades. Wagner errou, aprendeu e cresceu. Kuminga, limitado por Kerr, nunca teve sequência real para evoluir.
Quem perde mais: Kuminga ou Golden State?
Se nada mudar, todos sairão prejudicados:
Kuminga perde mais um ano de desenvolvimento, jogando minutos escassos em uma equipe que não confia nele.
Golden State arrisca perder um talento jovem sem retorno, manchando sua reputação como franquia que desenvolve jogadores.
Steve Kerr fica sem explorar totalmente uma peça que poderia diversificar o ataque.
No fim das contas, o único “vencedor” parece ser o tempo — que mina as opções de negociação a cada semana.
A novela precisa acabar
A apenas um mês da abertura da NBA, o caso Jonathan Kuminga é mais do que um impasse contratual: é um retrato da teimosia de uma diretoria e do desgaste de um talento promissor.
Seja via troca, extensão justa ou até mesmo com a aposta arriscada na Qualifying Offer, uma definição precisa acontecer logo. Quanto mais o Golden State adia a resolução, mais compromete não só o futuro de Kuminga, mas também as últimas chances de título com Stephen Curry, Draymond Green e Jimmy Butler.
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