Luka Dončić brilha com 43 pontos, mas Lakers perdem para Warriors na estreia da NBA 25/26

Luka Dončić faz história, mas o Lakers tropeça na estreia da NBA

A estreia da temporada 25/26 da NBA foi marcada por uma atuação monstruosa de Luka Dončić, que anotou 43 pontos, 12 rebotes e 9 assistências pelo Los Angeles Lakers. Mesmo assim, o desempenho histórico do esloveno não foi suficiente para evitar a derrota para o Golden State Warriors, que venceu por 119 a 109, na Crypto.com Arena.

Com essa performance, Dončić entrou para um seleto grupo de lendas do Lakers — Kobe Bryant e Elgin Baylor — como os únicos jogadores da franquia a marcar pelo menos 40 pontos em uma partida de abertura de temporada. Nem mesmo LeBron James conseguiu tal feito.

O domínio do Warriors no terceiro quarto

O Golden State Warriors mostrou por que continua sendo um dos times mais organizados da NBA. O terceiro quarto foi o retrato da superioridade coletiva da equipe comandada por Steve Kerr, que contou com uma atuação completa de Jimmy Butler, com 31 pontos e 16/16 nos lances livres, além do brilho de Stephen Curry (23 pontos, 3 roubos e 1 toco).

Outro destaque foi Jonathan Kuminga, titular na estreia, que somou 17 pontos, 9 rebotes e 6 assistências, convertendo quatro de seis arremessos do perímetro. O jovem mostrou evolução tática e inteligência na movimentação sem bola, algo que Kerr exige constantemente de seus atletas.

O Warriors chegou a cometer 18 turnovers e ainda assim venceu, o que reforça a fragilidade defensiva do Lakers e o quanto a equipe californiana depende excessivamente de Dončić — e de LeBron, quando estiver em quadra.

Os problemas do Lakers: falta de defesa e elenco limitado

Mesmo com Dončić em noite inspirada, o Lakers mostrou uma série de falhas estruturais. Sem LeBron James, o time se revelou desorganizado e inconsistente nos dois lados da quadra. Jogadores como Gabe Vincent, Jarred Vanderbilt e Rui Hachimura tiveram atuações apagadas, contribuindo pouco ofensiva e defensivamente.

A defesa foi o maior ponto de preocupação. Sempre que o Warriors trabalhou bem a movimentação de bola, encontrava alguém livre para o arremesso. O Lakers cedeu espaços fáceis, mostrou falta de comunicação e baixo QI defensivo — problemas que já haviam aparecido na pré-temporada.

Nos números, a diferença ficou evidente:

• Aproveitamento de 3 pontos: Lakers (8/22) contra Warriors (15/33)

• Lances livres: Lakers (17/28 – 60,7%) contra Warriors (26/29 – 89,6%)

Só Jimmy Butler converteu quase o mesmo número de lances livres que o time inteiro dos Lakers.

O contraste entre os dois times

Enquanto o Warriors apresentou um jogo coletivo sólido, com boa rotação e controle de ritmo, o Lakers dependeu totalmente de Dončić. O terceiro quarto, quando o Golden State abriu vantagem, ilustrou perfeitamente o que esperar das duas franquias na temporada:

• O Warriors como um time organizado, com múltiplas armas ofensivas e leitura de jogo refinada;

• O Lakers como uma equipe talentosa, mas frágil, com buracos no elenco e uma defesa instável.

Mesmo que LeBron retorne e melhore a dinâmica ofensiva, é difícil imaginar o Lakers brigando no topo do Oeste sem reforços ou ajustes profundos.

Expectativas para a temporada

O Golden State Warriors parece mais preparado para brigar nas cabeças da Conferência Oeste. O trio Butler–Curry–Draymond Green segue sendo um dos mais eficientes e experientes da liga, enquanto o banco, com Buddy Hield, Al Horford e o jovem Will Richard, mostrou profundidade e capacidade de resposta.

Já o Lakers, mesmo com Dončić em nível de MVP, ainda está longe de convencer. Sem consistência coletiva, a equipe deve lutar para se manter entre os seis primeiros colocados e garantir vaga direta nos playoffs.

A estreia da temporada 25/26 da NBA deixou claro que Luka Dončić é um dos maiores talentos da liga, mas também que o Lakers precisa de muito mais do que genialidade individual para competir com os gigantes do Oeste. Do outro lado, o Golden State Warriors mostrou que, mesmo com idade avançada em algumas peças, continua sendo um dos times mais perigosos e taticamente refinados da NBA.

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