Mateu Alemany vai para o Atlético e Barça anuncia recuperação financeira: bastidores e novos rumores de mercado

O Barcelona vive um momento de contrastes entre a reorganização financeira, a saída de figuras históricas e as novas especulações do mercado. A confirmação da ida de Mateu Alemany, ex-diretor de futebol do Barça, para o Atlético de Madrid, pegou muitos de surpresa e reacendeu debates sobre a gestão esportiva do clube catalão. Ao mesmo tempo, a diretoria divulgou um comunicado econômico otimista, apresentando números que mostram uma recuperação gradual após anos de turbulência financeira.

Mateu Alemany no Atlético de Madrid: uma perda sentida em Barcelona

O anúncio do Atlético de Madrid oficializando Mateu Alemany como novo diretor geral da área esportiva causou grande repercussão na Espanha — especialmente em Barcelona. Considerado um dos executivos mais competentes do país, Alemany foi peça fundamental na reestruturação esportiva e administrativa do Barça entre 2021 e 2023, ao lado de Jordi Cruyff.

Durante seu período no clube, Alemany ajudou a equilibrar as contas, viabilizou contratações estratégicas mesmo sob forte pressão do fair play financeiro e foi um elo entre o elenco e a diretoria. Sua saída repentina, sem explicações claras, deixou uma lacuna considerável.

Agora, ao se juntar ao rival direto, o Atlético, Alemany passará a comandar a direção esportiva em uma estrutura reformulada por Carlos Bucero, sendo o elo entre Miguel Ángel Gil Marín e Enrique Cerezo. A contratação reforça a ambição do clube madrilenho de se manter competitivo e de disputar títulos em todas as frentes.

Para muitos torcedores culés, ver Alemany com o escudo rojiblanco é algo que “dói”, especialmente porque ele simbolizava competência e estabilidade num período de crise institucional.

A situação financeira do Barcelona: sinais de recuperação e metas ambiciosas

Enquanto isso, o Barcelona divulgou oficialmente um balanço econômico que aponta uma melhora significativa nas finanças. O clube registrou um resultado ordinário positivo de 2 milhões de euros, com receitas de 994 milhões, ficando novamente próximo da marca de 1 bilhão de euros — algo inédito desde 2019.

Entre os principais impulsionadores dessa recuperação estão:

• Retorno gradual ao Spotify Camp Nou, que deve gerar aumento de 50 milhões nas receitas em 2025/26;

• Novos contratos comerciais, incluindo o acordo de 259 milhões com a Nike;

• Expansão internacional do e-commerce, com crescimento de 55%, alcançando mais de 170 países;

• Revalorização da Barça Productions, agora avaliada em 178 milhões de euros;

• Receita de 70 milhões com o programa de hospitalidade e licenças de assento VIP (PSL).

Mesmo com essa melhora, o clube ainda enfrenta custos internos elevados e gastos extraordinários que impedem uma estabilização definitiva. Ainda assim, o Barça prevê que a temporada 2025/26 traga lucros mais expressivos, com metas de 1,075 bilhão de euros em receitas e recordes em patrocínios e merchandising.

Esses resultados positivos reforçam a tese da atual diretoria de Joan Laporta, que insiste que o clube está “voltando aos trilhos” após anos de endividamento crítico.

Sergio Guirassy: o novo nome pedido por Hansi Flick

Nas notícias de mercado, o técnico Hansi Flick já começa a mirar reforços para a próxima janela. Segundo informações do jornal Bild, o treinador alemão vê em Sergio Guirassy, atacante do Dortmund, o perfil ideal para suceder Robert Lewandowski a médio prazo.

Guirassy, de 29 anos, vive o melhor momento da carreira e possui uma cláusula de rescisão de 100 milhões de euros. No entanto, o detalhe revelado pelo meio alemão chamou atenção: caso o interesse venha de um dos cinco principais clubes da Europa — entre eles Barcelona e Real Madrid —, o valor cai para 65 milhões de euros.

Mesmo assim, trata-se de uma operação financeiramente difícil no atual cenário blaugrana, mas Hansi Flick tem insistido na contratação por acreditar que Guirassy combina força física, mobilidade e senso de gol — características que o Barça precisará quando Lewandowski deixar de ser titular absoluto.

O legado de Alemany e o novo ciclo do Barça

O caso de Mateu Alemany simboliza muito mais do que uma transferência de executivo: representa a mudança de ciclos no futebol espanhol. Enquanto o Atlético de Madrid reforça sua estrutura com um dos dirigentes mais respeitados do país, o Barcelona tenta consolidar uma nova gestão esportiva sob Deco e Bojan Krkić.

O desafio de ambos é gigantesco: manter o clube competitivo em meio às restrições financeiras, às expectativas da torcida e à busca constante por estabilidade institucional. Com Laporta no comando e a promessa de uma volta triunfal ao Spotify Camp Nou, o clube tenta se reinventar sem perder sua identidade.

O torcedor, no entanto, segue dividido: comemora os números positivos e os avanços econômicos, mas lamenta as perdas de figuras como Alemany — símbolo de uma era de profissionalismo e gestão responsável.

O futuro blaugrana entre a razão e o coração

O Barcelona entra em uma nova etapa, em que o equilíbrio entre emoção e pragmatismo será decisivo. A recuperação financeira é uma boa notícia, mas o desafio esportivo continua imenso. Ver Alemany no banco rival é doloroso, mas talvez seja também um lembrete de que o sucesso se constrói com continuidade e planejamento — algo que o Barça ainda busca retomar.

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