UEFA e Superliga negociam nova Champions League para 2027

UEFA e Superliga se aproximam e discutem novo formato da Champions League para 2027, com mais confrontos de elite, transmissão gratuita e maior participação dos clubes.

RmBS

10/4/20253 min read

a chess board with chess pieces
a chess board with chess pieces

Nos últimos dias, uma notícia surpreendeu o mundo do futebol europeu: após anos de conflitos e debates acalorados, a UEFA e os representantes da Superliga parecem ter chegado a um princípio de acordo que pode redefinir o futuro da Champions League. O projeto da Superliga, iniciado em 2021 e fortemente criticado por torcedores, federações e clubes, parecia estar morto. No entanto, as negociações recentes mostram que parte das ideias da Superliga podem ser incorporadas ao maior torneio de clubes do Mundo.

O contexto da negociação

Segundo revelou o Mundo Deportivo, a proposta final da Superliga para a UEFA surgiu após sete reuniões oficiais entre os clubes interessados e o organismo europeu. A ideia não é criar uma competição paralela, mas sim modificar o formato da atual Champions League, tornando-a mais atraente e rentável para todos os envolvidos.

As conversas foram estruturadas em três pontos centrais:

  • Governança: maior participação dos clubes nas decisões.

  • Plataforma de transmissão: um modelo que combine gratuidade com opção premium.

  • Formato da competição: mais equilíbrio e partidas de alto nível desde a fase inicial.

O novo formato da Champions League

A proposta prevê que, a partir de 2027, a Champions tenha 36 clubes classificados. Destes, os 18 melhores do ranking da UEFA jogariam entre si em uma espécie de “grupo de elite”, garantindo confrontos diretos como Barcelona x PSG, Real Madrid x Liverpool ou Bayern x Chelsea logo na primeira fase, e um maior número de confrontos de alto nível como esses.

Os times ranqueados entre a 19ª e a 36ª posição disputariam partidas mais equilibradas, com formato semelhante ao atual. Ao fim dessa etapa:

  • Os 8 melhores do grupo de elite avançariam diretamente às oitavas de final.

  • Outros 16 clubes, entre os dois blocos, disputariam uma fase de playoffs (16 avos) para completar o quadro das oitavas.

Esse formato busca reduzir os chamados "jogos fracos" e aumentar a quantidade de partidas de alto nível já na fase inicial, atendendo a uma das principais críticas dos grandes clubes.

Transmissão gratuita e modelo híbrido

Outro ponto inovador é a proposta de transmissão. A ideia da Superliga é criar uma plataforma chamada Unifi, que disponibilizaria os jogos gratuitamente com anúncios, no estilo de serviços de streaming sustentados por publicidade.

Quem preferir poderia assinar uma versão premium por cerca de 10 euros mensais para assistir sem interrupções. O modelo lembra experiências já realizadas pela FIFA em competições de base e pelo DAZN no Mundial de Clubes.

Esse formato atenderia à reclamação dos torcedores sobre o alto custo para acompanhar futebol atualmente, transformando a Champions em um produto acessível sem abrir mão de rentabilidade, já que patrocinadores teriam grande visibilidade.

Relação UEFA e Superliga: da guerra ao diálogo

Em 2021, quando a Superliga foi anunciada, a UEFA reagiu com dureza e ameaçou sanções severas aos clubes participantes. A rejeição de torcedores e jogadores também enfraqueceu o projeto. Porém, após a sentença favorável do Tribunal de Justiça da União Europeia em 2024, que reconheceu a legalidade da criação de competições alternativas, a UEFA se viu obrigada a dialogar.

O resultado foi uma reaproximação surpreendente. Hoje, os dois lados parecem dispostos a unir forças em vez de competir, criando uma Champions reformulada que incorpora parte das ideias originais da Superliga, mas sem romper com o modelo tradicional.

O que isso significa para o futebol europeu

Caso aprovado, o novo formato entrará em vigor em 2027, junto com o novo ciclo de direitos de transmissão da Champions. A mudança representa:

  • Mais jogos de alto nível desde a fase inicial.

  • Maior engajamento dos torcedores, graças à gratuidade da transmissão.

  • Distribuição financeira mais ampla entre os clubes.

  • Redução da concentração de poder exclusiva da UEFA, já que os clubes teriam mais voz.

Por outro lado, críticos alertam que essa “Super Champions” pode aumentar ainda mais a distância entre a elite europeia e clubes médios, dificultando surpresas históricas como a do Porto em 2004 ou o Ajax em 2019.

O acordo entre UEFA e Superliga ainda não está fechado, mas já representa uma mudança de paradigma no futebol europeu. O que parecia uma guerra sem solução em 2021 pode se transformar em uma aliança estratégica em 2027, trazendo uma Champions League mais atraente, moderna e acessível.

Se confirmada, a competição entrará em uma nova era, prometendo mais espetáculo para os torcedores e maior equilíbrio financeiro para os clubes da Elite. Agora, resta saber se a UEFA dará o aval final para essa “Super Champions” que promete revolucionar o esporte.

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